domingo, 5 de maio de 2013

Excertos de Mark Dever

Em seu livro, Nove Marcas de Uma Igreja Saudável, Mark Dever fala sobre o assunto:

Um dos erros mais comuns e perigosos é confundir os resultados da evangelização com a própria evangelização. Este talvez seja o mais sutil de todos os entendimentos errôneos acerca da evangelização. Se você combinar este entendimento errôneo — pensar que a evangelização é o seu próprio fruto — com um entendimento diferente daquele que expusemos nos capítulos anteriores que tratam do evangelho e da conversão, então, é bem possível que você acabará pensando não somente que evangelização é apenas ver os outros convertidos, mas também que está em seu próprio poder o converter os outros. Esta maneira de pensar pode levá-lo a se tornar manipulador. (continua)

Quem pode negar que muito da evangelização moderna se tornou emocionalmente manipuladora, buscando obter apenas uma decisão imediata da vontade do pecador, negligenciando a ideia bíblica de que a conversão é o resultado da graça de Deus para com o pecador?

A chamada cristã para evangelizar é uma chamada. Não é somente persuadir as pessoas a fazerem uma decisão; pelo contrário, é uma chamada para anunciar-lhes as boas novas da salvação em Cristo Jesus, para chamá-las ao arrependimento e dar a Deus a glória pela regeneração e pela conversão. Não falhamos em nossa evangelização se apresentamos com fidelidade o evangelho e, apesar disso, a pessoa não se converter. Falhamos somente se não apresentarmos o evangelho com fidelidade.

Conforme ensinam as Escrituras, a evangelização não pode ser definida em termos de resultados ou métodos, mas somente em termos de fidelidade à mensagem pregada. Em Atos dos Apóstolos, você encontrará ocasiões em que Paulo pregou o evangelho e poucos se converteram. No grande congresso de evangelização em Lausanne, em 1974, John Stott disse que “evangelizar… não significa ganhar convertidos… significa apenas anunciar as boas novas, independentemente dos resultados”. Naquele congresso, evangelização foi definida nestes termos:

Evangelizar é propagar as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e foi ressuscitado dentre os mortos, segundo as Escrituras; e, como o Senhor que reina, Ele oferece agora o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos que se arrependem e crêem.

Quando entendemos que a evangelização não é converter as pessoas, e sim falar-lhes sobre a maravilhosa verdade a respeito de Deus e das boas novas sobre Jesus Cristo, então, a obediência à chamada para evangelizar pode tornar-se certa e produzir alegria. Entender isto fomenta a evangelização, à medida que esta deixa de ser motivada pelo forte senso de culpa e se torna um privilégio e alegria.

- trecho adaptado do capítulo 5 do livro Nove Marcas de Uma Igreja Saudável

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