quarta-feira, 21 de março de 2012

Excertos de C.H. SPURGEON


Ocupar nossas igrejas para Deus
            Devemos ter nossas igrejas todas ocupadas para Deus. Qual é a utilidade de uma igreja que simplesmente se reúne para ouvir sermões, assim como uma família se reúne para fazer suas refeições? Insisto, o que ela aproveita se não faz nenhum trabalho?
Não há mesmo muitos professores tristemente negligentes no trabalho do Senhor, embora bastante diligentes em seu próprio? Por causa do ócio cristão ouvimos falar na necessidade de entretenimentos e todo tipo de bobagem. Se eles estivessem ocupados para o Senhor Jesus, não ouviríamos falar nisso. Uma boa senhora disse a uma dona de casa: "Dona Fulana, como você consegue se divertir?". Ela respondeu: "Ora, minha querida, como você pode ver, há tantas crianças e trabalho a ser feito em minha casa". Ao que a outra retrucou: "Sim, eu vejo isso. Vejo que há muito trabalho a ser feito em sua casa; mas como nunca está feito, queria saber como você se divertia".
            Muito precisa ser feito por uma igreja cristã dentro de seus próprios limites e para a vizinhança, e para os pobres e caídos, e para o mundo pagão, etc.; e se isso for bem feito, as mentes, e corações, e mãos, e línguas serão ocupadas e não procurarão divertimentos. Deixem que o ócio e aquele espírito que governa as pessoas preguiçosas dominem, e surgirá o desejo de diversão. E que divertimentos! Se a religião não for uma farsa em algumas congregações, as pessoas, de forma alguma, compareceriam mais para se unir em oração do que para ver uma farsa. Eu não entendo isso. O homem que está entusiasmado com o amor a Jesus não tem necessidade de passatempo. Ele não tem tempo para frivolidades. Está sinceramente interessado em salvar almas, e estabelecer a verdade, e ampliar o reino de seu Senhor.
            Sempre me sinto pressionado por alguma necessidade para a causa de Deus; e depois que resolvo aquela, tem outra, e outra, e mais outra, e meu esforço tem sido para achar oportunidade de fazer o trabalho que deve ser feito, assim não tenho tido tempo para ir atrás de frivolidades. Ah, conseguir uma igreja que trabalha! As igrejas alemãs, quando nosso querido amigo, sr. Oncken, estava vivo, sempre seguiam a regra de perguntar a cada crente: "O quê você vai fazer por Cristo?", e eles escreviam a resposta em um livro. Era exigido de cada membro que ele continuasse a fazer alguma coisa para o Salvador. Se ele parasse de fazer alguma coisa era assunto para disciplina da igreja, porque ele era um professor ocioso, e não era permitido permanecer na igreja como um zangão em uma colméia de abelhas trabalhadoras. Ele precisava fazer algo ou sair. Ó, um vinhedo sem uma só figueira estéril para atravancar o terreno! Atualmente, a maior parte de nossa guerra sagrada é levada adiante por um pequeno corpo de pessoas sinceras que vivem intensamente, os demais ou estão em hospitais ou são meros seguidores. Somos agradecidos por aqueles poucos consagrados, mas ansiamos por ver o fogo do altar consumir tudo que professamente está sobre o altar

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