Ocupar nossas igrejas para Deus
Devemos ter nossas igrejas todas
ocupadas para Deus. Qual é a
utilidade de uma igreja que simplesmente se reúne para ouvir sermões, assim
como uma família se reúne para fazer suas refeições? Insisto, o que ela
aproveita se não faz nenhum trabalho?
Não há mesmo muitos professores
tristemente negligentes no trabalho do Senhor, embora bastante diligentes em
seu próprio? Por causa do ócio cristão ouvimos falar na necessidade de
entretenimentos e todo tipo de bobagem. Se eles estivessem ocupados para o
Senhor Jesus, não ouviríamos falar nisso. Uma boa senhora disse a uma dona de
casa: "Dona Fulana, como você consegue se divertir?". Ela respondeu:
"Ora, minha querida, como você pode ver, há tantas crianças e trabalho a
ser feito em minha casa". Ao que a outra retrucou: "Sim, eu vejo
isso. Vejo que há muito trabalho a ser feito em sua casa; mas como nunca está
feito, queria saber como você se divertia".
Muito precisa ser feito por uma
igreja cristã dentro de seus próprios limites e para a vizinhança, e para os
pobres e caídos, e para o mundo pagão, etc.; e se isso for bem feito, as
mentes, e corações, e mãos, e línguas serão ocupadas e não procurarão
divertimentos. Deixem que o ócio e aquele espírito que governa as pessoas
preguiçosas dominem, e surgirá o desejo de diversão. E que divertimentos! Se a
religião não for uma farsa em algumas congregações, as pessoas, de forma
alguma, compareceriam mais para se unir em oração do que para ver uma farsa. Eu
não entendo isso. O homem que está entusiasmado com o amor a Jesus não tem
necessidade de passatempo. Ele não tem tempo para frivolidades. Está
sinceramente interessado em salvar almas, e estabelecer a verdade, e ampliar o
reino de seu Senhor.
Sempre
me sinto pressionado por alguma necessidade para a causa de Deus; e depois que
resolvo aquela, tem outra, e outra, e mais outra, e meu esforço tem sido para
achar oportunidade de fazer o trabalho que deve ser feito, assim não tenho tido
tempo para ir atrás de frivolidades. Ah, conseguir uma igreja que trabalha! As
igrejas alemãs, quando nosso querido amigo, sr. Oncken, estava vivo, sempre
seguiam a regra de perguntar a cada crente: "O quê você vai fazer por
Cristo?", e eles escreviam a resposta em um livro. Era exigido de cada
membro que ele continuasse a fazer alguma coisa para o Salvador. Se ele parasse
de fazer alguma coisa era assunto para disciplina da igreja, porque ele era um
professor ocioso, e não era permitido permanecer na igreja como um zangão em
uma colméia de abelhas trabalhadoras. Ele precisava fazer algo ou sair. Ó, um
vinhedo sem uma só figueira estéril para atravancar o terreno! Atualmente, a
maior parte de nossa guerra sagrada é levada adiante por um pequeno corpo de
pessoas sinceras que vivem intensamente, os demais ou estão em hospitais ou são
meros seguidores. Somos agradecidos por aqueles poucos consagrados, mas
ansiamos por ver o fogo do altar consumir tudo que professamente está sobre o
altar
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