quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Obrigação moral do homem - Apostila Realidades da redenção

  1. OBRIGAÇÃO MORAL DO HOMEM: faz-se necessário que discorramos um pouco sobre o assunto para criarmos uma base doutrinária sólida.

O homem possui intelecto e sensibilidade, capacidade de saber e sentir, é consciente de sua existência e liberdade de escolha, ele também possui a idéia de valor, do certo e do errado.

Somente estes atributos já fazem do homem um ser totalmente RESPONSÁVEL pelos seus atos, ou, melhor dizendo, que tem OBRIGAÇÃO MORAL.

“O HOMEM É LIVRE PARA FAZER SUAS ESCOLHAS ASSIM COMO É RESPONSÁVEL POR ELAS”
Gênesis 2:17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Quando o homem faz ou deixar de fazer algo, isto é um ato da sua VONTADE, INTENÇÃO, DISPOSIÇÃO, QUERER.
Genesis 3:6 E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

Até mesmo as criancinhas mais novas conhecem e pressupõem essa verdade universalmente. Quando acusadas de alguma deliquência e dizem: “Eu não queria”, (eximindo-se da culpa) mostrando uma consciência de LIBERDADE E RESPONSABILIDADE PELOS SEUS ATOS.

Quando homem exerceu sua liberdade consciente para fazer o que lhe fora proibido pela “Lei de Deus” (Lei moral), a que estava sujeito, foi de imediato julgado por ela: “certamente morrerás”
Romanos 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

A desobediência a lei moral de Deus levou o homem a uma “DEGENERAÇÃO MORAL”, apesar de não ter perdido os seus atributos morais.
Gênesis 3:10,11 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.  E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?

O que faz do homem um ser sob a obrigação moral (capacidade de discernir e escolher entre o certo e o errado), é a sua “INTENÇÃO”.

A intenção revela a essência que cada um tem, ou seja, revela “o verdadeiro homem”
Mateus 12:34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. 

É nos impossível não concordar com essa verdade. Se um homem tiver intenção de nos causar um mal, mas, por acaso, fizer-nos bem, não o desculpamos, mas o consideramos culpado do crime pretendido. Assim, se ele pretendia fazer-nos bem e, por acaso, fez-nos mal, não o condenamos nem o podemos condenar.

Toda a Bíblia reconhece de maneira expressa ou implícita essa verdade. “Se há prontidão de vontade...” (2 Cor 8:12). De novo, “toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás...” (Gl 5:14). O amor se torna o cumprimento da lei no sentido da intenção, não das ações externas, pois como pode alguém amar sem ser voluntário (de boa vontade).

João 3:19  O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. 

Em todas as partes, o espírito da Bíblia respeita a intenção. Se a intenção é correta ou se existe uma disposição na mente, é aceita como obediência. Mas se não houver uma mente disposta, ou seja, uma intenção correta, nenhum ato externo é considerado obediência. A disposição é sempre considerada pelas escrituras do mesmo modo que os atos. “Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar”, isto é, com intenção ou disposição licenciosa, “já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mateus 5:28), etc. Assim, por outro lado, se alguém deseja prestar um serviço a Deus e, por fim, é incapaz de cumpri-lo, considera-se que o praticou de fato, sendo devidamente compensado. Essa é uma doutrina bíblica por demais óbvia para exigir elucidação.

Bibliografia:

A minha Graça te basta – Gerald W. Foster
Teologia Sistemática – Charles G. Finney
Vida em um Plano mais alto – Ruth Paxson

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