segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Festa e Fonte - Charles Swindoll


Durante o reinado da rainha Vitória, o Reino Unido estava mergulhado até o pescoço na verdade bíblica. Um banquete suntuoso era servido todos os domingos — dia do Senhor — e ninguém precisava temer a fome. Jamais alguém chorou a falta de alimento espiritual. Eis o porquê: 
  •  Charles Haddon Spurgeon brandia a Espada no Tabernáculo Metropolitano de Londres. 
  • Não muito longe dali, uma congregação de 3.000 crentes do City Temple estava sendo alimentada, havia 33 anos, pelo mi­nistério de Joseph Parker. 
  • O piedoso F. B. Meyer conduzia o povo a uma comunhão mais íntima e mais significativa com Deus. 
  • William Booth trovejava contra os pecados da cidade. 
  • C. H. Liddon estava firme na Igreja de S. Paulo. 
  • O. Dr. Alexander MacLaren pregava os mais belos sermões expositivos da história da igreja. 
  • R. W. Dale estava em Birmingham e completava 66 anos na Rua Carr. Dois anos antes de sua morte, G. Campbell Morgan iniciou seu pastorado ali perto, na Igreja da Rua Westminster (congregacional), na mesma cidade. 
  • Por essa época, Alexander Whyte era co-pastor, ao lado do famoso Robert Candlish, na Igreja Livre de S. Jorge, em Edinburgo. Posteriormente, veio a suceder seu piedoso mentor, permanecendo 47 anos na mesma igreja, ministrando a vários milhares de santos escoceses. 
  • E não deveríamos esquecer-nos das visitas bastante freqüentes do evangelista americano, Dwight L. Moody, que pregou em pelo menos uma dúzia de cidades da Grã-Bretanha, durante esse mesmo espantoso período de tempo. 

Que tempo extraordinário esse! Havia gigantes na terra, na­queles dias, e seu vulto colossal lançava uma sucessão de som­bras impressionantes por todo o país, pela paisagem da cristandade, como jamais se fez em qualquer outra era da ilustre história das Ilhas Britânicas. Eles personificavam a segunda estrofe daquele grandioso hino evangelístico, escrito naqueles dias: 

Como exército poderoso, 
Marcha a igreja de Deus... 

Entretanto, abafou-se a cadência, depois. Aquele exército, outrora poderoso, feito de soldados valorosos e cheios de vigor, parece agora estranhamente reduzido a meros esquadrões, es­palhados por aí... uns poucos franco-atiradores. Onde está, hoje, aquela longa lista de igrejas invencíveis, desafiadoras? Quantas delas estão agora engajadas no mesmo compromisso de equipar os santos para o ministério, mediante um púlpito que prega solidamente a Bíblia, e uma Escola Dominical igual­mente forte, que equilibra igualmente a necessária ênfase na aplicação e no discipulado? 

Será que estou parecendo severo demais? Negativo demais? Muito bem, façamos um teste simples, de quatro perguntas: 

1. Quantas igrejas capazes de exercer influência você é capaz de relacionar, no Brasil, conhecidas pela sua dinâmica bí­blica — igrejas onde você ficaria bem alimentado, adequa­damente desafiado, "equipado" de verdade? 

2. Entre seus amigos que se mudaram de sua cidade, para outras áreas de nosso país, quantos deles estão entusias­mados, sadios, crescendo espiritualmente, graças a uma boa igreja? 

3. Qual é a maior necessidade que continua a existir, no seio dos seminários evangélicos, segundo os que planejam in­gressar no pastorado? 

4. Quantos jovens você consegue arrolar que estão prosseguindo no ministério pastoral com entusiasmo, certeza, tendo o coração entregue ao Senhor, e um compromisso de pregar biblicamente, expositivamente? Dezoito? Dez? Sete? Três? 

Não é exagero afirmar que existe uma fome entre nós — o pior tipo de fome que se possa imaginar. Fome desconhecida da rainha Vitória e de seus súditos o convivas de banquete. — Fome que Amós conhecia — e muito bem. 

Esse velho profeta tinha a todos nós em mente, e não a Grã-Bretanha do século dezenove, quando registrou estas palavras pungentes: 

"Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão er­rantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão" (Amós 8:11-12). 

Leia estas palavras vagarosamente. Leia-as em voz alta, bra­sileiro, americano, inglês! Leia-as, e chore. 

A Busca de Hoje 

"Para vós, santos do Senhor, há alicerce firme, em que se apóia vossa fé: a Palavra maravilhosa! Que mais vos pode dizer, além do que já disse, Para vós que buscastes refúgio em Jesus?"

Faça essa pergunta a você mesmo. Quando você estiver orando, louve a Deus por sua Palavra — a Bíblia é inspirada, confiável, penetrante e eterna. Peça ao Senhor que o mantenha em sua busca de caráter. Se você for membro de uma igreja em que o púlpito é equilibrado, coerentemente forte, desafia­dor, cheio de compaixão e zelo pelos perdidos, a despeito do tamanho da igreja, dê graças a Deus. 

Leia Salmo 119:97-106.

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