quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SERVIR COM A MOTIVAÇÃO CORRETA


Por motivação queremos dizer os motivos internos que levam uma pessoa à ação. Todos nós tomamos decisões na vida motivados por algo ou alguma coisa em dado momento de nossa existência e considerando as diversas situações da vida. Falando da motivação que leva alguém a decidir pelo ministério, entendemos que todo genuíno vocacionado deve ter como ambição ser um instrumento de Deus. Sua única motivação para servir é seu desejo ardente de realizar a obra de Deus e para a glória de Deus. Contudo, é possível que nem sempre esta seja a mola propulsora de um ou outro aspirante ao ministério.

CONSIDERAÇÕES SOBRE MOTIVAÇÕES ERRADAS

  1. RECEBER A GLÓRIA DOS HOMENS E DO MUNDO. (POSIÇÃO)
I Tm 3:1, Paulo escreve : “se alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja” O termo “deseja”na língua grega é epithumeo, que tem o significado de “colocar o coração, ambicionar, desejar”. Precisa ser observado que o objeto do desejo é a obra, o serviço, e não a posição ou status. Alguém motivado por posição elevada e pelo desejo de atenção trará com certeza prejuízo a si mesmo e à Igreja de Cristo.

Convém que ele cresça e que eu diminua. João 3:30
Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Isaías 53:3


2. OBRIGAÇÃO (desencargo de consciência)

            Um velho pregador deu um sábio conselho a um jovem quando indagado sobre sua opinião quanto a seguir o ministério:
            “Se você pode ser feliz fora do ministério, fique fora, mas se veio o solene chamado, não fuja”
Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado. 2 Coríntios 12:15

3. RECONHECIMENTO (orgulho)

            Alguém pontuou o seguinte: “os ministros sem a convicção do chamado carecem muitas vezes de coragem e carregam uma carta de demissão no bolso do paletó. Ao menor sinal de dificuldade, vão-se embora”. 
Quão dependentes nós somos do louvor dos outros?
            Jesus nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando um jovem rico o saudou com um “Bom Mestre”, rejeitou a interpelação: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10.17, 18). A mãe de Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o mal-estar causado para ensinar: (Mt 20.25-28.)

O  Pastor Ricardo Gondim pontuou com muita propriedade sobre a humildade necessária para o verdadeiro ministro de Deus.

.....Não quero ser um apóstolo porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido despercebida por Paulo, Pedro, Tiago ou Judas. Não quero ser apóstolo porque não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam e que não conheceram as tentações dos megaeventos, do culto espetáculo e da vanglória da fama. Não quero ser apóstolo porque não acho que precisemos de títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem status. Aliás, estou disposto até mesmo a abrir mão de ser chamado pastor, se isso representar uma graduação, e não uma vocação ao serviço.

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