Por motivação queremos dizer os
motivos internos que levam uma pessoa à ação. Todos nós tomamos decisões na
vida motivados por algo ou alguma coisa em dado momento de nossa existência e
considerando as diversas situações da vida. Falando da motivação que leva
alguém a decidir pelo ministério, entendemos que todo genuíno vocacionado deve
ter como ambição ser um instrumento de Deus. Sua única motivação para servir é
seu desejo ardente de realizar a obra de Deus e para a glória de Deus. Contudo,
é possível que nem sempre esta seja a mola propulsora de um ou outro aspirante
ao ministério.
CONSIDERAÇÕES SOBRE MOTIVAÇÕES ERRADAS
- RECEBER A GLÓRIA DOS HOMENS E DO MUNDO.
(POSIÇÃO)
I Tm 3:1, Paulo escreve : “se
alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja” O termo “deseja”na
língua grega é epithumeo, que tem o significado de “colocar o coração,
ambicionar, desejar”. Precisa ser observado que o objeto do desejo é a obra, o
serviço, e não a posição ou status. Alguém motivado por posição elevada e pelo
desejo de atenção trará com certeza prejuízo a si mesmo e à Igreja de Cristo.
Convém que ele cresça e que eu diminua. João 3:30
Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Isaías 53:3
2. OBRIGAÇÃO (desencargo de
consciência)
Um
velho pregador deu um sábio conselho a um jovem quando indagado sobre sua
opinião quanto a seguir o ministério:
“Se
você pode ser feliz fora do ministério, fique fora, mas se veio o solene
chamado, não fuja”
Eu, de muito boa vontade, gastarei
e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais,
seja menos amado. 2 Coríntios 12:15
3. RECONHECIMENTO (orgulho)
Alguém
pontuou o seguinte: “os ministros sem a convicção do chamado carecem muitas
vezes de coragem e carregam uma carta de demissão no bolso do paletó. Ao menor
sinal de dificuldade, vão-se embora”.
Quão dependentes nós somos do
louvor dos outros?
Jesus
nos ensinou a não cobiçar títulos e a não aceitar as lisonjas humanas. Quando
um jovem rico o saudou com um “Bom Mestre”, rejeitou a interpelação: “Por que
me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus” (Mc 10.17, 18). A mãe de
Tiago e João pediu um lugar especial para os seus filhos. Jesus aproveitou o
mal-estar causado para ensinar: (Mt 20.25-28.)
O Pastor Ricardo Gondim pontuou com muita propriedade sobre a humildade necessária para o verdadeiro ministro de Deus.
.....Não quero ser um apóstolo
porque não desejo a vanguarda da revelação. Desejo ser fiel ao leito principal
do cristianismo histórico. Não quero uma nova revelação que tenha sido
despercebida por Paulo, Pedro, Tiago ou Judas. Não quero ser apóstolo porque
não quero me distanciar dos pastores simples, dos missionários sem glamour, das
mulheres que oram nos círculos de oração e dos santos homens que me precederam
e que não conheceram as tentações dos megaeventos, do culto espetáculo e da
vanglória da fama. Não quero ser apóstolo porque não acho que precisemos de
títulos para fazer a obra de Deus, especialmente quando eles nos conferem
status. Aliás, estou disposto até mesmo a abrir mão de ser chamado pastor, se
isso representar uma graduação, e não uma vocação ao serviço.
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