sábado, 17 de dezembro de 2011

Escola de Missões - Apostila FUNDAMENTOS DE FÉ - lição 4

 FÉ e ESPERANÇA
“Ora, a é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” ( Hb 11.1)

Revisão:
a. Revelação: iniciativa de Deus em comunicar com os homens sobre si mesmo.
b. : resposta do homem à revelação de Deus; confiar que o que Deus diz é verdade e que nada do que disse é contraditório ou errado.

Esperança – conceitos gerais:
c. Conceito popular: .
        i.Provérbios: “a esperança é a última que morre”; “se há vida, há esperança”.
      ii.Desejo: sinônimo de ‘tomara’, ‘oxalá’ — “espero que chova”; “espero tirar 10”.
d. Conceito psicológico: paixão por um bem que se espera conseguir no futuro por seus próprios meios e com a ajuda de outros (família, amigos, Deus, sorte, etc).
e. Positivismo: afirmação da coragem e capacidade do homem em superar desafios e transformar os ideais em realidade.
f. Existencialismo: desespero como condição inevitável do homem racional; o homem conviver com o absurdo e desespero com coragem, bastando-se e sendo seu próprio super-homem; a fé pode apenas aliviar o desespero.

Esperança - conceito bíblico:
g. Antigo Testamento: .
        i.As palavras batach (sentir-se seguro, confiar), qawah e jachal (esperar) e chasah (procurar refúgio) são traduzidas como elpizein (esperança) na septuaginta (tradução do grego para o inglês).
      ii.Sentido: paciência, constância, confiança; relacionada a pistis (fé, confiança).
    iii.O AT rejeita as falsas esperanças humanas, baseadas no homem, na sua riqueza, no seu poder político (Sl 37.5-7; Is 30.15). A esperança não está embasada na capacidade do homem, mas na promessa de Deus (Jr 17.11).
      iv.Etimologia: abertura, tendência, expectativa do bem, buscar segurança.
        v.Exemplos: a confiança nas promessas é o impulso para o agir: .
1. Abraão ouviu a voz de Deus que o chamava para emigrar com sua família e seu rebanho (Rm 4.18 – crendo contra a esperança).
2. Moisés, obediente à voz de Deus, liberta o povo da escravidão, confiante na promessa da Terra Prometida.
3. Os profetas que, vendo a situação de injustiça  e de exploração dos pobres, se empenharam confiantes na promessa divina de paz e justiça.
h. Novo Testamento: .
        i.Evangelhos: grègorein (vigiar) e hypomonein (persistir com paciência).
      ii.João: elpis (1Jo 3.3), referindo-se à promessa da ressurreição, a esperar aquilo que seremos, à semelhança com Deus, a vê-lo como ele é (1Jo 3.2).
    iii.Pedro: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos... E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus; ” (1Pe 1:3. 21) .
      iv.Paulo: tripé das maiores virtudes cristãs – fé, esperança e amor.
1. “Agora, pois, permanecem a fé (pistis), a esperança (elpis) e o amor (ágape), estes três, mas o maior destes é o amor” (1 Co 13.13).
2. “Porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho” (Col 1:4,5).

Esperança cristã:
i. Conduta: a esperança é o aspecto do comportamento cristão total, que confia com paciência nas promessas de Deus e que ainda não vemos (Rm 8.24-25) porque são futuro e porque superam os sentidos (2Co 4.18).
j. ‘Já’ e ‘ainda não’: a esperança cristã já está realizada na redenção trazida por Cristo. Os bens da salvação esperada e já realizada são: a libertação do pecado, a filiação divina, a justificação, o Espírito que gera a vida eterna e a ressurreição. Apesar disto, somos salvos na esperança (Rm 8.23).
k. Marca: esperança distingue crente do não-crente (Rm 12.12; 1Ts 4.13; Ef 2.12).
l. Objeto: o cumprimento das promessas divinas: o Reino de Deus, a vinda de Jesus, a ressurreição dos mortos, a participação de toda a Criação na glória de Cristo, o alcance dos bens celestes anunciados no Evangelho.
m. Fundamento: é a fidelidade de Deus às suas promessas (Rm 15.13; 1Tm 4.10; 1Pd 1.21) já realizada em Cristo. “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hb 10:23); Cristo é a esperança do cristão (“Cristo em vós, esperança da glória” Cl 1.27); “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
n. Garantia: o Espírito Santo contém toda a promessa feita a Abraão (Gl 3.14); ele é o penhor da nossa herança, da plena redenção da glória futura (Ef 1.13-14; 2Co 1.22; 5.5), da redenção do nosso corpo (Rm 8.23.24). O Espírito Santo sustenta a esperança em nosso coração por meio do amor de Deus (Rm 5.5).

Esperança cristã em ação:
o. Esperança e fé: a esperança é fruto da fé e também seu sustento; “.. se permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido” (Cl 1.23)     .
p. Esperança e amor: a esperança e a fé se completam mas necessariamente conduz ao amor Gl 5.5-6; 1Cor 13; 1Ts 2.8; 2Cor 11.2.
q. Serviço: coragem no falar (2Cor 3.12), zelo, constância e paciência (Fp 3.3s; 2Tm 4.7s; 1Ts 2.19; Cl 2.24-29).

Para refletir:
r. A razão da esperança cristã: a pessoa do Deus-triúno, a pessoa e a obra expiatória de Cristo; o ministério do Espírito Santo.
s. Missão da igreja: Não há nenhuma esperança para o mundo fora de Deus. Isto ficará cada vez mais claro e doloroso. Uma Igreja preparada pode ser instrumento poderoso de Deus na proclamação da bendita esperança.

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