sábado, 10 de dezembro de 2011

FÉ OU PRESUNÇÃO - Jimmy Swaggart

A fim de compreender melhor o relacionamento entre Deus e o homem, devemos perceber que há uma diferença definida entre revelações específicas dadas em épocas particulares (ou a certos indivíduos), e as revelações dadas como verdades eternas e gerais reveladas por Deus ao homem. Esta, (verdade eterna), usa a palavra grega Logos. As verdades específicas e particulares estão incluídas no significado da palavra Rhema.
Logos (em sua essência básica), significa "o verbo" ou "palavra". Mas traz em seu significado completo a idéia de conhecimento acerca de um assunto, uma idéia, uma filosofia, ou um conceito. 

Podemos (e não tenho pretensão alguma de ser erudito bíblico, embora me orgulhe de admitir que sou estudante da Bíblia) absorver algo da essência da palavra Logos indo a João 1:1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 

Temos aqui o uso da palavra grega Logos. Por quê? Porque esta é uma afirmativa universal e básica. Esta afirmativa é verdade agora, sempre foi e sempre será. Não importa quais sejam nossos pontos de vista a seu respeito; Deus afirmou este fato. 

Rhema, por outro lado, refere-se a um tempo específico para um povo específico em um lugar específico. Em Atos 13 :42 o vocábulo "palavras" é tradução do grego Rhema. Quando os judeus iam saindo da sinagoga, rogaram os gentios que estas palavras lhes fossem repetidas no sábado seguinte. 

Aqui as "palavras" entregues aos cidadãos foram uma palavra específica para aquele tempo e lugar específicos e não possuíam a permanência universal e doutrinária da afirmativa de João 1:1. 

É claro que uma palavra Logos — doutrina universal, imutável e diretamente de Deus — pode-se transformar em mensagem (palavra) Rhema. Transforma-se pela mudança no coração do ouvinte. A palavra Logos é, antes de tudo, a verdade de Deus, mas não implica aceitação universal desta mensagem. Tome a afirmativa de João citada acima. Eu sei, e você sabe, que esta afirmativa é verdadeira e não admite contradição. Mas, faça--se uma estatística mundial a fim de ver se o mundo aceita ou não esta afirmativa e teremos dados que sem dúvida provarão que esta afirmativa não é aceita pela maioria dos que a ouvirem. 

Talvez tenha existido uma época em sua vida em que você não aceitava tal fato. Mas então você foi salvo e, repentinamente, essa afirmativa Logos tornou-se uma afirmativa Rhema — com significação particular para você. Isto é verdade com relação a todos nós que somos salvos. 

O aspecto Logos desta (ou de qualquer doutrina infalível de Deus) não depende de nossa aceitação nem de nossa rejeição para ser mais ou menos verdadeira. A verdade de Deus é eterna e imutável. Nossa interpretação da verdade de Deus de modo algum a altera. Ela não se torna mais verdadeira por aceitarmo-la, nem menos verdadeira se não o fizermos 

Mas essa verdade se transforma completamente quando alteramos nossas mentes e a aceitamos como afirmativa de Deus. Subitamente a Palavra de Deus fala em particular a nosso coração. Agora ela se transforma em Rhema — no que se refere a nós — quer a maior parte do mundo a aceite ou não. 

Portanto, quando vamos à Palavra de Deus procurando direção, e quando nos dirigimos ao Senhor em oração buscando direção pessoal, devemos ter cuidado em distinguir entre situações Rhema e situações Logos. Às vezes a palavra que recebemos é Logos, mas em muitos casos é Rhema.

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