Por muitos anos a Igreja ensinou a Vida de Cruz ignorando a Vida de Fé. Creio que a concentração completa em um aspecto de nosso relacionamento com Deus, com a exclusão de todos os outros, é errado. Deus criou o homem e o fez uma criatura complexa que opera num mundo complexo. Portanto, creio que sua intenção para conosco é bem equilibrada — não somente em nossos relacionamentos com o mundo — mas também em nossos relacionamentos com ele.
Ao dar ênfase demais à Vida de Cruz (o carregar contínuo de nossa cruz), creio que a Igreja criou cristãos assimétricos. Satanás usou este fato a fim de trazer desânimo e derrota para as vidas dos indivíduos que sempre pareciam à beira da morte espiritual, afinal de contas.
Sob esta influência, o Cristianismo transformou-se num fardo moroso, insípido e pesado para se carregar. Era, na melhor das hipóteses, uma tarefa. Não admira que o mundo olhasse para ele e sacudisse a cabeça dizendo: "Se isto é o que o Cristianismo tem para oferecer, não quero nenhuma parte dele."
Então, aconteceu uma mudança. A doutrina da Vida de Fé estava começando a ser proclamada por todo o país.
Ora, eis aqui um conceito que a pessoa podia ter prazer em abraçar. Em vez de manquejar pela vida, curvado sob o peso da cruz, podíamos começar a crer em Deus para respostas poderosas à oração. Podíamos centralizar nossa teologia na afirmativa de Jesus de que viera para nos dar a vida abundante.
Eis aqui agora uma fé que nos eleva, uma fé que tira nossos olhos das questiúnculas do viver cotidiano e nos focaliza no fato de que em verdade somos filhos do Deus Altíssimo. Muitos milhares de pessoas começaram a se regozijar e a encontrar nova alegria em seu relacionamento com Deus. Começamos a ver que Jesus morreu por nós.
E o que o mundo agora vê? Uma igreja cheia de zelo, vigor e alegria. Desapareceram os cristãos de rostos tristes. Esta é uma igreja livre, uma igreja inflamada. Esta é uma igreja que exibe alegria no Senhor. Milhares de pessoas gostam do que vêem e dizem: "Se é isto o que é o Cristianismo, eu o quero."
Esta é uma igreja em ação. Esta é uma igreja que cresce, uma igreja que vê pessoas sendo salvas, uma igreja disposta a firmar-se nas promessas de um Deus poderoso. Jogam de lado suas reservas e atiram-se ao Salvador e o abraçam.
Eu fui um dos milhares que fizeram justamente isto. Provavelmente você seja também. De modo que neste instante devemos parar e perguntar a nós mesmos: "Que caminho é o certo?"
A Vida de Cruz ou a Vida de Fé? Em qual área devemos centralizar nossa intenção? Ah, eis a questão.
Se ignorarmos a Vida de Cruz teremos uma vida sem propósito. Se ignorarmos a Vida de Fé teremos uma vida sem poder. A resposta lógica? É claro! Uma vida equilibrada com componentes iguais da Vida de Cruz e da Vida de Fé. Concentrar-se em uma delas, excluindo a outra, levará a uma postura cristã totalmente desequilibrada.
Foi isto o que o Espírito Santo tinha para mostrar-me alguns anos atrás. Eu estava imerso tão completamente na Vida de Fé que ignorava a Vida de Cruz.
A vida secular constituída só de trabalho sem nenhuma recreação fará com que nos esgotemos mental e fisicamente. Mas uma vida só de recreação e sem trabalho nos destruirá da mesma forma. Precisamos de ambos os aspectos a fim de ter uma vida espiritual boa e equilibrada.
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